sexta-feira

A Busca

Oppijan, acordou cedo, o que não era de nada normal. foi correndo até Nora, que regava suas flores particulares, e perguntou:

Nora, bom dia - deu-lhe um beijo - Achei esse livro velho, jogado lá embaixo no porão, da casa de inverno. Junto a um monte de velharia. Eu andei lendo, você sabe de quem seria?

Livro? e eu vou saber de livro Opp? Mal sei ler... agora vai, vai tomar café que você tem uma entrevista muito importante hoje.

Oppijan não estava muito preocupado com a entrevista, ele sabia que se sairia perfeitamente bem, mas algo que não lhe sai da cabeça era, por que esse livro estava lá?
Afinal eles tinham diversas bibliotecas, com coisas rarissimas, coisas monumentais, todo tipo de publicação todo tipo de literatura. Mas algo como essa, não se lembrava de tar visto. Folhas de cadernos, anotações, guardanapos, se duvidar até papel de pão com algo escrito ali existia. Tudo amarrado com alguns barbantes, e um unico fio de metal. Uma capa de couro, protegia o maço de folhas, com nada escrito.

O jovem que nunca havia se quer se interessado pela vida, ou literatura. Ficou muito curioso com a peça literaria que tinha nas mão. E por incrivel que pareça, ele não pensava em fazer dinheiro com ela. Tirou uma foto do seu smartphone, buscou no google, mas não encontrou nada. Definitivamente não era nenhuma publicação.

E se exisstia alguem que pudesse saber o do que se tratava aquilo, seria o Sr. Paston. Ele sim, com certeza ele estava ali muita antes do livro.

Sr. Paston era o caseiro da familia. Ele sabai de tudo, cada centimetro, cada pedra que exestia na propriedade, qualquer coisa fora da mansão principal, que quem cuidava era Nora, o Sr. Paston conhecia a origem, e a história. Quando questionado sobre o artefato, o velho homem o pegou na mão, olhou, revirou, e derrepente, respondeu:

Claro que sei Sr. Não háa nada nessa propriedade que eu não...

Certo, certo Parston, eu sei que não há nada que o Sr. não se lembre. Então vamos, me diga logo, o que é? de quem é? por que é?

A cerca de uns 70 anos atrás, me lembro de ver esse amontuado de papeis, sempre com um jovem amigo de seu bisavô. Um homem bom e muito esclarecido que passou um tempo por aqui. Estava fugindo de algo, não saia muito da propriedade, e na epoca eu havia lido algumas coisas que ele escrevia, sempre achei  muito bons os textos, e me lembro de certa vez, perguntar-lhe se se ele pretendia publicar a obra, e ele me respondeu "não, magina, esses pais são um extensão da minha cabeça, as vezes são coisas que eu penso, ou cartas que eu escrevo, mas eu nunca as enviei a ninguem, e o destinatário final, nunca chega a ler a menssagem." disse Parston.

E por que ele escrevia cartas que nunca enviaria? - indagou Oppijan

Foi extamente o que eu lhe perguntei, e a resposta foi, " Por que nem sempre o que eu to pensando é o certo, e só tirando isso da minha cabeça, e lendo e re-lendo, é que eu percebo isso." Ele tinha um sorriso nos labios, foi uma das ultimas vezes que conversamos Sr. - falou o velhote - Agora tenho de voltar ao serviço.

Oppijan então refletiu, e ficou com a menssagem na cabeça.
Sábio homem, tirava suas ideias da cabeça, mas não as passava para frente por que sabia que não estariam certas. E podia corrigi-las antes de falar besteira. Genial! - ele exclamou, e adotou tal atitude como máxima.

Hora da entrevista, e Oppijan mais pronto do que se podiar fazer adentrou à sala. E comentou:

Senhores, antes de qualquer resposta, preciso de uma caneta e um papel, vou escrever tudo antes de responder, e espero que não se importem - finalizou Oppijan segurando uma caneta, que encontrara junto com o livro.